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Dia da Luta Antimanicomial reuniu amigos, familiares e pacientes da Rede de Atenção Psicossocial

Com o auditório do IFTM lotado, o Dia da Luta Antimanicomial promovido pela Secretaria Municipal de Saúde nesta segunda-feira (18) emocionou os participantes e deixou registrada a mensagem “Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça: por uma sociedade sem manicômios”.


O secretario municipal de Saúde, Wesley Faber Tomão deu as boas-vindas aos presentes, enaltecendo o trabalho realizado pela equipe da Rede de Atenção Psicossocial. “Hoje Patrocínio conta com uma rede estruturada, pautada na liberdade, igualdade e respeito às diferenças. A Administração possui políticas inclusivas, onde nossos usuários do sistema não são apenas pacientes, mas seres humanos com direitos que devem ser respeitados”, disse.

Dr. Wesley também fez questão de lembrar a importância do envolvimento da família do paciente. “È com a participação da família que conseguiremos a humanização e o tratamento inclusivo do paciente”.

A coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), Camila Rosa de Alvarenga, saudou os participantes agradecendo a presença de cada um, em especial aos pacientes e seus familiares.

Atividades

O evento contou com várias apresentações artísticas estreladas pelos pacientes dos CAPSs (II e AD III) e os profissionais da RAPS (assistentes sociais, enfermeiros, educador físico, psicólogos, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, entre outros).

Entre as apresentações: musicais - com a participação dos integrantes do projeto Tocando a Vida, em parceria com o projeto Renascença -, canto e coral, dança do ventre, dança sênior, polca dos ciganos, homenagem às mães e o espetáculo teatral “O pulso ainda pulsa”, preparada pela agente administrativa do CAPS AD, Laira Arvelos, e os colegas, César Arvelos e Débora Gertrudes.


No período da noite, o encontro trouxe aos participantes a palestra da psicóloga Maria Lúcia dos Reis, Referência Técnica Regional da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), sobre “Os desafios da luta antimanicomial na atualidade.

E uma mesa redonda com a psicóloga Maria Lúcia dos Reis, a psicóloga Vanessa Cristina Alvarenga, psicólogo Danilo Rodrigues Cerqueira e pacientes da Rede de Atenção Psicossocial.

Um vídeo de divulgação da luta e das ações em saúde mental nos diferentes pontos da Rede de Atenção Psicossocial, da Secretaria Municipal de Saúde de Patrocínio, encerrou os trabalhos.

Histórias de vida


“O CAPS é tudo para mim. É a minha vida, porque ele transformou a vida do meu irmão”, relatou emocionada a diarista Marlene de Paula.

Marlene cuida do irmão Miguel Eduardo de Araújo, de 52 anos, há mais de 12 anos e foi no CAPS II que ela encontrou o tratamento e todo o apoio para ajudá-lo. “Ele adora estar no CAPS, fica animado e se interage com as pessoas. Desde que ele participa das atividades de lá, ele melhorou muito. Só quem tem alguém na família com esse tipo de transtorno, sabe o quanto é difícil encontrar um lugar onde os pacientes são tratados com amor, carinho e cuidado.”

Tímida, Liamar Aparecida Pereira, 51, acompanhou todas as apresentações sorrindo a aplaudindo os colegas. “É um dia especial para nós. Mostramos que somos capazes de tudo. Sou muito feliz no CAPS, com meus colegas e as pessoas que trabalham lá. Fazemos ginásticas, jogamos BINGO, temos muitas atividades”.

E assim, o dia 18 de maio foi marcado pela luta pela liberdade, e sobretudo, uma luta para erradicar o preconceito e a desinformação em relação a loucura em nossa sociedade.


http://www.patrocinio.mg.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4515:dia-da-luta-antimanicomial-reuniu-amigos-familiares-e-pacientes-da-rede-de-atencao-psicossocial&catid=33:noticias&Itemid=50

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